A arte das horas livres

Como não enlouquecer longe do mercado de trabalho

Faz um bom tempo que eu não venho por aqui, escrever coisas minhas, minhas ideias e compartilhar um pouco da minha vida. A verdade é que muita coisa mudou e tantas coisas que aconteciam com frequência, se tornaram raras e uma delas foram as idas aos shows. Uma pena, mas fui em pouquíssimos este ano e muitos foram desmarcados por imprevistos e me deixaram bem triste. Não é todo dia que se perde um show do Fagner, por causa de um temporal em São Paulo, mas aconteceu.

Foi modificando o lazer, que o trabalho também mudou. Passei por mais empresas que gostaria este ano e isso demanda uma grande energia e aprendizado. Não foi minha escolha e então, tive que aceitar apenas e seguir. O que me restou foi saber o que fazer com o meu tempo que parece se multiplicar a cada dia.

Ao dormir cedo, eu acordo cada dia mais cedo e me sinto uma idosinha fofa. Aproveito os meus minutos para tentar ver uma série, tento ler, tento escrever e tento ouvir música. Ao final do dia, eu não concluo nenhuma tarefa e tudo bem… eu consegui passar o dia mentalmente bem e isso que importa, no final das contas.

Eu voltei para a terapia e isso me ajuda a me manter forte e a desabafar, aliás, será que esse o propósito desse processo? Falar e falar e viver com seus fantasmas? Preciso descobrir e me descobrir. Em poucas sessões eu percebi que preciso aprender a me amar e me respeitar mais. Limites. Falar não. Esperar tudo se resolver e tantas coisas que precisam ser trabalhadas. Eu quero me conhecer e viver em paz, quero também um novo amor, uma flor, um carinho.

Em busca de mim mesma, encontrei outros sentimentos e outras versões de Fernanda. Por muito tempo, fui apenas uma boa assessor de imprensa, jornalista sempre focada, trabalhando firme e sempre em busca de uma pauta. Trabalho e trabalho. Aproveito os meses de “férias” para procurar outras pessoas em mim. E irei encontrar e aí será a hora de voltar ao trabalho.

Acredito no destino e naquela máxima “o que é seu irá sempre te encontrar”. Espero confiante na minha hora de retomar. Enquanto isso posso buscar outras ocupações e lotar carrinhos de compras da Shein – tantas vezes ignorados – mas serve bem para horas de pesquisas. Um curso rápido, um hábito de leitura, cartões de natal escritos à mão, pessoas novas que conheço e idas em lojas. Tudo isso é bom para distrair e está valendo a pena.

Dezembro de 2024.

Publicado por Fernanda Barbosa

Jornalista, assessora de imprensa. Apaixonada pela vida!!!

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