Em alguns outros textos, eu já comentei sobre a importância de não desistir e isso se torna cada vez mais difícil com o passar do tempo, dos acontecimentos e da bagagem que vamos acumulando convivendo com pessoas diferentes e ao misturamos nossa energia, muitas vezes, com quem nem merece ou combina com nosso jeito de ser.
Seria “chorar demais”, abrir um novo ano, escrevendo um post com reclamações e lamentos. Esse espaço é para compartilhar minhas experiências incríveis em shows, peças de teatros, colaborar com a divulgação de releases de assessores amigos, mas sempre será MEU espaço…mesmo que seja apenas para desabafar em caracteres, algo que grita em meu peito. Tem sido assim desde 2009, quando criei o blog, sem interesse em ganhar dinheiro ou fama. Mesmo assim, já tive que me defender de pessoas que me criticaram a falta de monetização, de seguidores – só me deixem, se parar de ser lazer e virar obrigação, virou trabalho e isso eu costumo já ter durante boa parte do dia!
O relato é do eterno ciclo de “não deu certo de novo” que me atingiu em 2024. A vida profissional me deixou em dúvidas por inúmeras vezes, cheguei a questionar se deveria continuar atuando como jornalista – assessora de imprensa, ou se seria melhor, sei lá, partir para algo que nem faço ideia como se faça, como “programadora de dados”. Empresas que fecharam, clientes que cancelaram, justificativas mal dadas (onde o dono não conseguiu nem me olhar nos olhos), além da dispensa por falta de produtividade – mesmo entregando resultados altos. A área não está para brincadeira e pensei mesmo em jogar tudo pro alto. Consegui? Claro que não.
Me formei em 2010 e desde 2012, atuo como assessora em diversos segmentos e isso para mim nunca foi problema e sim, empolgante. Aprender novos assuntos e me desafiar, batalhar por um espaço na mídia e depois de alguns dias, conseguir. O chato é que seu chefe dificilmente vai te elogiar, mesmo que seja suado, sempre será “nada mais que sua obrigação”. É preciso se acostumar com a falta de reconhecimento e ficar feliz sozinho. Esse amor pelo novo, me fez persistir em buscar algo em assessoria ou quem sabe algo similar, mas ainda dentro do Jornalismo.
Com boletos para pagar, apesar de ter uma situação privilegiada e ainda ser solteira, estudar por mais quatro ou cinco anos, por um futuro incerto, também parece um pouco de loucura. Eu já amo minha profissão, eu preciso PERSISTIR. Os desafios continuarão a existir, a vida pessoal também nem sempre é um mar de rosas, mas se eu pudesse dar um conselho a mim mesma, seria: procure sempre ajuda de profissionais, escute apenas quem se importa de verdade com você (essas pessoas vão se reduzindo cada vez mais com o tempo), se afaste de quem te tira paz, essa parte aqui é essencial: bloquear em rede social, parar de falar e deixar pra lá, poupa muito tempo e reduz muita ansiedade. E faça o que seu coração pedir, somente você paga a sua conta no final do dia, é sozinho que você dorme e é você que aguenta suas escolhas.
Depois dos 30 muita coisa muda. Mas eu amo amadurecer, acho muito válido e também…não tem como fugir. Melhor envelhecer, errando e aprendendo, do que ser um “velho”, que ninguém respeita e com atitudes infantis. Não, não sou nenhum exemplo de maturidade, mas vale a pena a tentativa diária.
Quase final de janeiro de 2025 e posso dizer que ainda espero por dias melhores, mas com fé de que eles virão!

