A idade que muda os hábitos

Sem grandes ruídos, algumas coisas perdem a importância e outras se incluem na rotina

Fazer aniversário e por consequência envelhecer, é um fato que não se pode fugir e nem mudar. De uma maneira ou de outra, esteja feliz ou triste, sempre vamos ver o tempo passar e eu também acredito no destino e em tudo aquilo que se diz sobre já nascermos com a vida “programada”. O que tem que ser, é e ponto final. O nosso maravilhoso poder de livre arbítrio pode nos ajudar e muito, mas será que até mesmo isso não é calculado previamente? Pensar nesses mistérios pode ser intrigante, fascinante ou enlouquecedor.

Com todo esse entendimento, passei a entender que muitas coisas mudam, assim como nosso próprio comportamento. Neste ano já completo seis anos na década dos 30 e continuo achando maravilhoso! Logo que completei meus trinta anos, parece que uma chave virou onde comecei a experimentar novos sabores de comida – pode ser bobo, mas muitas coisas eu nem sabia que gosto tinha – passei a sentir uma certa leveza em relevar muitas situações, mesmo ainda sofrendo por coisas bobas, os efeitos negativos passam mais rápido. Não teria como fugir, mas tem sido muito mais tranquilo que fases anteriores.

A mudança de hábitos começou com o exercício de parar de dar tanta atenção para as pessoas. Enxergar que a maioria delas está ocupada demais para conversar, ouvir e até mesmo exercer o básico de uma amizade, por exemplo. Aprender a ficar sozinha é muito falado em terapia, se ouve muito sobre aprender o valor da própria companhia e mesmo sendo difícil, ela esclarece muita coisa dentro de nós mesmos.

A frase de internet já diz: confia no processo e também: será que o processo está confiando na gente? É complexo e leva tempo. Aquele velho hábito de chamar as pessoas para conversar e bater um papo aleatório, já deixa de ter tanto sentido quando você se pergunta se a outra pessoa não está te achando um chato. Se ficar sem falar com ninguém, alguém fala com você? A resposta dessa pergunta na minha vida foi NÃO. Alguns dias e foi bem fácil perceber e tudo bem, só mais uma coisa para se acostumar e foi assim também, que a lista de contatos/seguidores foi diminuindo.

Usar menos as redes sociais também é algo que tenho tentado fazer a cada dia. Talvez essa seja ainda mais difícil. Um tempo atrás eu passava duas horas assistindo reels aleatórios no Instagram antes de dormir e isso não trazia nada de bom. Percorrer os stories de outras pessoas também não parecia nada bom, afinal, para que saber da vida dos outros e que ainda muitas vezes é só uma ilusão? Ainda é possível melhorar, mas está indo bem… Como tudo ultimamente vem perdendo a graça, assim como as datas comemorativas, talvez até a curiosidade sobre os outros mudem de sentido.

Será que isso é bom ou ruim?

Publicado por Fernanda Barbosa

Jornalista, assessora de imprensa. Apaixonada pela vida!!!

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